terça-feira, 8 de maio de 2012

UM MOTIVO PARA NÃO PEDALAR SOZINHO

Uma tarde de sol o telefone toca: "Vamos lá para a nova trilha. Vai todo mundo!" Preparei todo o equipamento e parti.

Ficamos nos salto básicos tentando sempre pular melhor, fazendo algumas fotos e filmando. Papo vai, papo vem, metade do pessoal foi embora. Então, os cinco que sobraram resolveram ir para a segunda parte da trilha, onde tem um pequeno drop de pouco mais de um metro e meio, mas a descida inclinada faz com que a altura total fique em quase 2 metros. Nenhum absurdo. Um tombo seria ruim, mas provavelmente não muito perigoso. O lugar não é técnico.

Cada um “dropou” um pouco. Depois de um tempo, em um dos drops feitos por um amigo, aparentemente normal, ouvimos um estalo estranho. Parecia um galho quebrando. Tudo normal, até que começaram alguns berros: "Putz! Vamos embora, vamos embora!". Na hora achamos que era algum ataque de abelhas.

Quando chegamos, ele estava pálido e tinha um corte enorme na perna. O corte foi provocado pela coisa mais improvável que poderia acontecer: O movimento central (eixo do pedal) quebrou e a ponta que restou cortou sua perna quando ele tentou se apoiar no pedal que já não existia mais.

Quando todo mundo conseguiu se acalmar, decidimos que três iriam carregá-lo até o carro e o outro ia levar as bikes de todo mundo. No final deu tudo certo. Contando os pontos internos e externos, ele chegou a tomar 100 pontos.

A questão que fica é: E se ele estivesse sozinho?

Portanto, por mais que você conheça a trilha, nunca pedale sozinho. Mesmo não fazendo algo radical, se você passar mal (ficar desidratado em um cross country longo, por exemplo) estará sozinho. Na cidade há centenas de pessoas para te socorrer, mas no meio do mato não tem jeito, e nem sempre o sinal de celular pega

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